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Sinos



Hoje eu acordei com um sino tocando. Era uma espécie de chamariz de época (se é que se pode chamar assim) ou simplesmente um sininho de Natal.

A cidade está envolta num clima natalino, com cheiro de novidade “manjada”, sorrisos e esperanças para o Ano Novo. Um desejo secreto com ânsia de ser realizado no novo período que se inicia. Eu vejo tudo isso nos olhos das pessoas...

No trabalho, no centro, na rua de casa, na faculdade...

Vejo a melancolia contida dos mais velhos e a alegria com perspectiva de férias dos mais novos. Se pudesse, escreveria vários Epílogos. Sei, sei... Eu tô muito nesse clima de “Adeus, adeus!” ou “E todos viveram (quase) felizes para sempre”, mas na real: isso é apenas um sintoma do Fim de Ano.

E notei que isso não afeta apenas a minha pessoa. Outros têm sentido uma “sensação estranha” que não sabem como identificar nesse período.

Interessante notar como surgem as famosas simpatias de fim de ano, é um tal de pular três ondinhas, vestir branco para paz, amarelo para grana, vermelho para amor. Como se a mente precisasse buscar forças no mágico e na fantasia para poder tomar coragem de dar uma guinada. Ou em linguagem mais mística: “atrair bons fluidos”.

Há quem acredite nisso. Ou melhor: simpatize, que na realidade deveria ser o termo usado por quem faz essas coisas. Essas coisas de Fim de Ano.

E o sino continuava a tocar. “Wake up, Neo!”

Continuava a tocar.

Uma hora em tom frenético, como os sinos que celebram uma união.
Vez por outra monótono, como um badalo de missa domingueira.
Num certo momento me trouxe alegria
Noutro, esperança...
No final ele parecia até apocalíptico...
...visionário, místico, gótico, sereno.
E inspirador.

E é assim que eu gostaria de permanecer: Inspirado.

Mas espere!

Hum... ele parou de tocar.

Acabou.

Mas cumpriu o seu papel.

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