A semana passada foi fodis...
Fiquei ausente deste local e da Net em si durante 4 dias...
Não que tenha feito tanta diferença assim, mas os motivos é que foram interessantes.
Na quarta eu trampei feito um desgraçado. Na quinta eu tinha prova então nem rola. E na sexta...
...Ah... na sexta...
Na sexta-feira, 24 de setembro do ano do Senhor de 2004, ocorreram fatos estranhos em minha casa...
Tinha chegado mais cedo do trabalho e tava tentado entrar na Net desde as 3:45 da tarde. O maldito provedor de acesso só dava erro. Droga! O jeito era responder os e-mails que tinha salvado e deixar o tempo correr. Talvez fosse o tráfego continuo daquele horário que impedia o meu acesso.
Lá pelas 4:30... Nada.
Ia desistir, quando a minha mãe chega comigo e diz: “Seby, a tia Branca tá chegando com o cara pra defumar a casa, tá? Vc disse que não gostava disso, se quiser ir dar uma volta...”
Nem liguei na hora. Só me lembrei que na semana passada minha mãe tinha avisando a todos, de que ia haver uma defumação em casa. “Pra limpar o local das energias negativas”, se bem que, a minha mãe é católica apostólica romana praticante e nunca foi chegada nesses lances. Mas vá lá, talvez o padre que execute a operação, faça-a rapidamente e não atrapalhe ninguém do cotidiano banal da nossa casa.
“Tudo bem mãe! Eu fico por aqui mesmo...”
As 4:45 a titia chega. Minha tia é sensitiva, já recebeu muito santo e freqüentou terreiros de macumba na mocidade. Putz! Só me liguei disso naquela hora...
Foi aí que me toquei da figura que vinha com ela...
Eu sei que isso é normal pra muitos de vcs, até pq aqui no Brasil isso é bem corriqueiro. Mas me deu um certo mal estar quando aquele cara com a maior pinta de boiola e trajando roupas esquisitas entrou em casa.
Eu tava na sala de estar (que faz divisa com a cozinha), no computador quando eles chegaram.
“Esse aí é teu filho é?”, o cidadão pergunta olhando pra mim.
“É, é o meu filhão!”, responde empolgantemente a minha progenitora.
Irrcc...
Aí eu fiz que nem liguei e continuei digitando o post que até então pensava publicar naquela sexta-feira. Havia sete pessoas em casa naquele instante. Minha mãe, minha tia, a mãe da minha irmãnzinha (que está passando uns tempos em casa), minha irmãnzinha, a babá dela, minha avó e eu. O papi tava no trabalho, mas não tardaria a chegar.
Minha mãe manda a babá levar a Juju pro quintal.
E começa o tal do ritual.
A sala onde eu estava como já havia explicado anteriormente, faz divisa com a cozinha (local onde eles estavam). Eu estava de costas pra parada toda, mas de vez em quando dava uma viradinha pra ver o que tava rolando. Silêncio sepulcral, todo mundo calado. Na mesa da cozinha tinha um monte de jornal amassado em forma de concha, sal grosso, incenso, uma Boêmia (cerveja que meu velho toma e que eles pegaram pra dar pro “espirito”) e uns colares estranhos...
Que parada mais tosca! Continuei a escrever...
Mas não saia mais nada! Puta merda! Tava numa putza inspiração pra escrever e de repente deu um branco. Com certeza por causa dessas fuleragens que tão fazendo aí atrás...
De repente ouço um estalo: “Praft!” como se o cara tivesse caído da cadeira...
O cidadão tinha acabado de “incorporar”. Tava todo vestido a caráter e começou a afinar a voz.
Enquanto isso, todos estavam quietos e silenciosos... Que los páreos!
Tentei voltar a escrever, mas definitivamente a inspiração foi pro ralo. Resolvi acompanhar inloco as presepadas a seguir...
Minha mãe (santa criatura!) começou a pôr velas nos quatro cantos da casa. Agora imaginem a cena: 5:15 da tarde, dia nublado, casa escurecendo, um monte de velas pela casa, um neguinho todo vestido de brilhantina, com voz de mulher bêbada, sentado na mesa de jantar, falando um monte de coisa, 3 mulheres de olhos arregalados e meu velho chegando naquele exato instante.
Nossa! P.E.R.F.E.I.T.O – só faltava o Gaparzinho aparecer do meu lado e dizer: “Oi quer ser meu amigo?”
Como eu conheço o papi de sobra e sei que ele não gosta dessas paradas, saí pra avisá-lo. Sabe Deus o que o velho ia pensar quando se deparasse com uma cena daquelas...
“Puta merda! Yo nom gosto dessas cosas! Llama a Juju! Bou lebar-la para tomar banho de piscina!”
“As 5:30 da tarde?”
“Llama logo ela!”
Hehehe! O velho não fez nem questão de entrar em casa. Zarpou da rua mesmo, junto com a Juju e a babá.
Quando entrei de novo e casa...
“Ué? Cadê o povo que tava aqui?” – perguntei em voz alta. Ouvi vozes vindas do quarto e fui andando até lá e aí sinto um objeto que escorou no meu pé. Porra! Derrubei uma das velas da macumba!
Ela tava bem no meio da sala! Nem vi! Achei que elas só eram necessárias nos cantos. Além de derrubá-la, ainda a apaguei! Carvalho! E toca eu tentar acender a vela enquanto a Guarda de Ogum tava andando com uma pira de incenso de quarto em quarto. Segundo me contaram era pra expulsar o espírito mau que estava em casa.
Olha só! Que chique! Tinha um youkai em casa e não sabia!
O retrato de Jesus da sala de estar parecia me olhar zangado...
O duende da decoração parecia um leprechau com aquela cara esquisita...
Eita família estranha!
O que ocorreu depois foi o seguinte:
* O macum... ops! Pai de Santo terminou de revisar os quartos da casa e concluiu que o tal
youkai não estava lá.
* Todos se dirigiram para a parte externa da casa
* Sim. “A entidade do mal”, youkai ou espírito zombeteiro estava lá...
* Não vi direito, mas parece que a bich...ô droga! Pai de Santo embrulhou o tal jornal que tava na cozinha. Dentro tinha sal, incenso e pólvora. Depois tacou fogo e jogou no local onde diz ter visto o espírito...
* Logicamente o bagulho explodiu!
* Foi a maior fumaceira
* Minha avó sai correndo do quarto gritando se estavam tacando fogo na casa. Detalhe: minha avó não fala português
* Eu também fui pra garagem ver que diabos era aquilo. O boio...er... Pai de Santo tava ajoelhado e pediu uma bacia de água.
* Não tinha bacia de água em casa. Tiveram que dar uma panela. Justo a panela em que eu fazia o meu Miojo todas as noites. Vou sentir falta dela...
* Quando a panela chega ele joga dentro uma espécie de pedra negra que pulou do fogo na hora da explosão
* Uma imagem se materializa na superfície da pedra
* É uma foto. Em preto e branco. De uma velha
* Que era o tal “espírito” que não deixava a paz entrar em casa. Provavelmente ele deve ter me visto chegar bêbado de madrugada também...
* Todos estavam se benzendo com aquilo. Entraram de novo e casa e começaram a queimar incenso.
* A casa ficou fedendo desse troço durante 4 dias.
* Depois o negui...quer dizer... Pai de Santo disse que era preciso ir até o cemitério onde a tal velha tava enterrada.
* Pediu também pra fazer uma lavagem na casa. Com umas garrafas que continham líquidos coloridos e fedorentos
* Eu cansei daquilo tudo e fui pro quarto assistir Yuyu Hakusho. Sabe né? É um anime que não tem nada de sobrenatural...
* O Pai de Santo (agora sim!) foi embora de casa às 6 em ponto.
* Er... Vou sentir falta da minha panela...
Meu pai chegou logo depois. Contamos tudo pra ele e logo se instaurou uma discussão sobre religião. Chegamos à conclusão de que mesmo se o Pai de santo fosse um cara “do mal” (o que minha mãe garante não ser), ele veio pra fazer o bem... Ah! E não cobrou nada...
Bem, após isso tudo ainda queimou meu monitor e a Net da faculdade estava fora.
Por isso não postei na sexta.
Em suma:
“Yo no creo en brujerias, pero que las ay, las ay!”
Eu hein...
Fiquei ausente deste local e da Net em si durante 4 dias...
Não que tenha feito tanta diferença assim, mas os motivos é que foram interessantes.
Na quarta eu trampei feito um desgraçado. Na quinta eu tinha prova então nem rola. E na sexta...
...Ah... na sexta...
Na sexta-feira, 24 de setembro do ano do Senhor de 2004, ocorreram fatos estranhos em minha casa...
Tinha chegado mais cedo do trabalho e tava tentado entrar na Net desde as 3:45 da tarde. O maldito provedor de acesso só dava erro. Droga! O jeito era responder os e-mails que tinha salvado e deixar o tempo correr. Talvez fosse o tráfego continuo daquele horário que impedia o meu acesso.
Lá pelas 4:30... Nada.
Ia desistir, quando a minha mãe chega comigo e diz: “Seby, a tia Branca tá chegando com o cara pra defumar a casa, tá? Vc disse que não gostava disso, se quiser ir dar uma volta...”
Nem liguei na hora. Só me lembrei que na semana passada minha mãe tinha avisando a todos, de que ia haver uma defumação em casa. “Pra limpar o local das energias negativas”, se bem que, a minha mãe é católica apostólica romana praticante e nunca foi chegada nesses lances. Mas vá lá, talvez o padre que execute a operação, faça-a rapidamente e não atrapalhe ninguém do cotidiano banal da nossa casa.
“Tudo bem mãe! Eu fico por aqui mesmo...”
As 4:45 a titia chega. Minha tia é sensitiva, já recebeu muito santo e freqüentou terreiros de macumba na mocidade. Putz! Só me liguei disso naquela hora...
Foi aí que me toquei da figura que vinha com ela...
Eu sei que isso é normal pra muitos de vcs, até pq aqui no Brasil isso é bem corriqueiro. Mas me deu um certo mal estar quando aquele cara com a maior pinta de boiola e trajando roupas esquisitas entrou em casa.
Eu tava na sala de estar (que faz divisa com a cozinha), no computador quando eles chegaram.
“Esse aí é teu filho é?”, o cidadão pergunta olhando pra mim.
“É, é o meu filhão!”, responde empolgantemente a minha progenitora.
Irrcc...
Aí eu fiz que nem liguei e continuei digitando o post que até então pensava publicar naquela sexta-feira. Havia sete pessoas em casa naquele instante. Minha mãe, minha tia, a mãe da minha irmãnzinha (que está passando uns tempos em casa), minha irmãnzinha, a babá dela, minha avó e eu. O papi tava no trabalho, mas não tardaria a chegar.
Minha mãe manda a babá levar a Juju pro quintal.
E começa o tal do ritual.
A sala onde eu estava como já havia explicado anteriormente, faz divisa com a cozinha (local onde eles estavam). Eu estava de costas pra parada toda, mas de vez em quando dava uma viradinha pra ver o que tava rolando. Silêncio sepulcral, todo mundo calado. Na mesa da cozinha tinha um monte de jornal amassado em forma de concha, sal grosso, incenso, uma Boêmia (cerveja que meu velho toma e que eles pegaram pra dar pro “espirito”) e uns colares estranhos...
Que parada mais tosca! Continuei a escrever...
Mas não saia mais nada! Puta merda! Tava numa putza inspiração pra escrever e de repente deu um branco. Com certeza por causa dessas fuleragens que tão fazendo aí atrás...
De repente ouço um estalo: “Praft!” como se o cara tivesse caído da cadeira...
O cidadão tinha acabado de “incorporar”. Tava todo vestido a caráter e começou a afinar a voz.
Enquanto isso, todos estavam quietos e silenciosos... Que los páreos!
Tentei voltar a escrever, mas definitivamente a inspiração foi pro ralo. Resolvi acompanhar inloco as presepadas a seguir...
Minha mãe (santa criatura!) começou a pôr velas nos quatro cantos da casa. Agora imaginem a cena: 5:15 da tarde, dia nublado, casa escurecendo, um monte de velas pela casa, um neguinho todo vestido de brilhantina, com voz de mulher bêbada, sentado na mesa de jantar, falando um monte de coisa, 3 mulheres de olhos arregalados e meu velho chegando naquele exato instante.
Nossa! P.E.R.F.E.I.T.O – só faltava o Gaparzinho aparecer do meu lado e dizer: “Oi quer ser meu amigo?”
Como eu conheço o papi de sobra e sei que ele não gosta dessas paradas, saí pra avisá-lo. Sabe Deus o que o velho ia pensar quando se deparasse com uma cena daquelas...
“Puta merda! Yo nom gosto dessas cosas! Llama a Juju! Bou lebar-la para tomar banho de piscina!”
“As 5:30 da tarde?”
“Llama logo ela!”
Hehehe! O velho não fez nem questão de entrar em casa. Zarpou da rua mesmo, junto com a Juju e a babá.
Quando entrei de novo e casa...
“Ué? Cadê o povo que tava aqui?” – perguntei em voz alta. Ouvi vozes vindas do quarto e fui andando até lá e aí sinto um objeto que escorou no meu pé. Porra! Derrubei uma das velas da macumba!
Ela tava bem no meio da sala! Nem vi! Achei que elas só eram necessárias nos cantos. Além de derrubá-la, ainda a apaguei! Carvalho! E toca eu tentar acender a vela enquanto a Guarda de Ogum tava andando com uma pira de incenso de quarto em quarto. Segundo me contaram era pra expulsar o espírito mau que estava em casa.
Olha só! Que chique! Tinha um youkai em casa e não sabia!
O retrato de Jesus da sala de estar parecia me olhar zangado...
O duende da decoração parecia um leprechau com aquela cara esquisita...
Eita família estranha!
O que ocorreu depois foi o seguinte:
* O macum... ops! Pai de Santo terminou de revisar os quartos da casa e concluiu que o tal
youkai não estava lá.
* Todos se dirigiram para a parte externa da casa
* Sim. “A entidade do mal”, youkai ou espírito zombeteiro estava lá...
* Não vi direito, mas parece que a bich...ô droga! Pai de Santo embrulhou o tal jornal que tava na cozinha. Dentro tinha sal, incenso e pólvora. Depois tacou fogo e jogou no local onde diz ter visto o espírito...
* Logicamente o bagulho explodiu!
* Foi a maior fumaceira
* Minha avó sai correndo do quarto gritando se estavam tacando fogo na casa. Detalhe: minha avó não fala português
* Eu também fui pra garagem ver que diabos era aquilo. O boio...er... Pai de Santo tava ajoelhado e pediu uma bacia de água.
* Não tinha bacia de água em casa. Tiveram que dar uma panela. Justo a panela em que eu fazia o meu Miojo todas as noites. Vou sentir falta dela...
* Quando a panela chega ele joga dentro uma espécie de pedra negra que pulou do fogo na hora da explosão
* Uma imagem se materializa na superfície da pedra
* É uma foto. Em preto e branco. De uma velha
* Que era o tal “espírito” que não deixava a paz entrar em casa. Provavelmente ele deve ter me visto chegar bêbado de madrugada também...
* Todos estavam se benzendo com aquilo. Entraram de novo e casa e começaram a queimar incenso.
* A casa ficou fedendo desse troço durante 4 dias.
* Depois o negui...quer dizer... Pai de Santo disse que era preciso ir até o cemitério onde a tal velha tava enterrada.
* Pediu também pra fazer uma lavagem na casa. Com umas garrafas que continham líquidos coloridos e fedorentos
* Eu cansei daquilo tudo e fui pro quarto assistir Yuyu Hakusho. Sabe né? É um anime que não tem nada de sobrenatural...
* O Pai de Santo (agora sim!) foi embora de casa às 6 em ponto.
* Er... Vou sentir falta da minha panela...
Meu pai chegou logo depois. Contamos tudo pra ele e logo se instaurou uma discussão sobre religião. Chegamos à conclusão de que mesmo se o Pai de santo fosse um cara “do mal” (o que minha mãe garante não ser), ele veio pra fazer o bem... Ah! E não cobrou nada...
Bem, após isso tudo ainda queimou meu monitor e a Net da faculdade estava fora.
Por isso não postei na sexta.
Em suma:
“Yo no creo en brujerias, pero que las ay, las ay!”
Eu hein...
Comentários
hohohoho
eu nao acredito em macumba
como diria um amigo meu
se macumba funfasse msm, o campeonato baiano terminava empatado
HUAHuheuaheuAHEUaheua
xP
bom... aki em ksa esses dias apareceu uma vela vermelha
parecia coisa de macumbero
sei la
aquela vela vermelha ainda tá lá, ninguem tem coragem de mexe
ninguem sabe o significado
entao eh melhor deixar kieto xP`
Abraços.
SUka. Panndora. Raposa. ;)