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Eu tenho uma boa estrela...

Eu nunca tive muita sorte com mulheres...

Paguei mais micos do que outra coisa. Quem manda ser tímido né?

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Na época da minha adolescência, já começavam a amadurecer os primeiros frutos desta geração afoita e precoce que é a nossa. Existiam as famosas matinês que serviam pra galerinha mais nova ir se divertir, paquerar e quem sabe dar alguns beijos nos FDS. Só que eu fiquei de fora dessa. Minha família achava um tanto quanto liberal demais esse lance, bem na verdade mesmo é porque ninguém queria ir me pegar de carro na saída da disco.

Ônibus? Nem pensar... a minha mãe tinha medo que eu andasse de ônibus à noite...

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Só fui beijar mesmo, lá pelos 15 anos. E meio que na marra, pois era tímido pacas...
Mas aí depois do beijo foi só decida. A primeira transa veio aos 16...

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...e como toda primeira vez: foi desastrosa.

Vou poupa-los de detalhes sórdidos, mas digamos que o objetivo principal não foi atingido na primeira. Tudo bem! Teve outras.... Várias...Algumas até que empolgantes demais.

Tanto, que um belo dia eu esqueci da hora e fiquei até os pais da minha amiguinha chegassem em casa. É... foi difícil convencer meus pais (principalmente o papi) de que eu estava bem e que não estava exatamente no shopping. E é claro... que iria dormir lá aquela noite.

Nunca tinha ouvido a voz do meu pai tão irada quando naquele dia...

“Pibe de mierda! Tua mãe taba quase pra morrir de preocupacion. Espera chegar em casa para ber lo que ba passar contigo!!!”

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Depois dessa experiência reflexiva (ficando de castigo seis meses vc tem tempo de sobra pra reflexão). Eu entrei no famigerado mundo promiscuo do 2º Grau. Bela época!

O único problema era a falta de local. Hummm... Mas pra isso existem soluções. Nunca havia ido em motel antes (achei que só ia quem tivesse carro), até que uns colegas me disseram que existiam “Hotéis” no centro. Sabe né? Só fachadas. O cara pagava 15 contos por quarto e tinha direito a 3 horas. Prático, econômico e tremendamente acessível.

Só que eu deveria saber que existiam muitos como eu. E quando existem muitos indivíduos parecidos, é obvio que eles freqüentarão os mesmos lugares. Logo, nos FDS, os tais “Hotéis” estavam devidamente lotados. Mas não fazia mal, a gente esperava. Nem que seja do lado de fora, encostado num carro e ao lado de um monte de casais.

Parece sacanagem, mas é vero! Vc chegava na bodega e se estivesse lotado, deixava o seu nome e escolhia: ou ia dar uma voltinha de 10 minutos (tempo em que, segundo os recepcionistas, eram liberados os quartos) ou ficava lá dentro esperando...

...ao lado de um monte de casais!

Isso quando ele não ia na porta do “hotel” e chamava em alto e bom som: “Fulano de tal! Sua vez!”

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Foi numa dessas que eu aprendi a não ter mais vergonha. Na marra...

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Passada essa fase, eu consegui tirar a carteira de motorista. Magavilha! Iria a todos aqueles recintos iluminados e com chafariz na porta! Tava ansioso...

Mas, na primeira vez não foi bem num recinto iluminado...

E nem tinha chafariz na porta....

Tinha só um faixa dizendo: 12 horas! R$ 20!

Da outra vez, eu preferi ir num de luxo. Mas puxa!
Que entrada!
Que quarto!
Que banheira!
Que cama!

Que preço...

Recepcionista: São R$ 200, Sr.
Eu: Ai...

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E no final (mas não por último), eu comecei a sair com uma garota que tinha carro...

Era legal! Saia sempre pra balada com ela e não me preocupava com nada...

Até descobrir que ela tinha namorado...

... da pior maneira possível.

É ruim voltar a pé pra casa de madrugada...

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Ainda houve a vez em que eu inventei de montar uma barraca no quintal de casa (aquele onde anos depois o cachorro mutante me atacou) e meu pai me pegou no meio da noite com a mão na massa, ou melhor... nem era massa, mas deixa pra lá...

A menina não fala comigo até hoje.

Ficou com trauma de mato, de cachorro e do meu papi...

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Por essas e outras que eu digo:

“Feliz quem tem um cantinho só seu, uma parceira compreensiva e uma estrela altiva”

E só...

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Bom final de semana!

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