Deveria estar... mas, não estou...
Anteontem faleceu uma tia minha lá na Argentina, ficamos sabendo ontem de madrugada. Triste...
A minha avó paterna só teve 2 filhos, a irmã do meu pai (que Deus a tenha agora), preferiu ficar morando lá. A idéia de mudança veio a partir do meu pai e todos na época ficaram chamando ele de doido, pois o Amazonas tinha (e talvez tenha até hoje, infelizmente) a fama de reserva indígena, terra de ninguém, meio do mato, atraso e um monte de besteiras mais... Argentino, principalmente da capital, sempre foi meio barrista. Mas nada que se diferencie muito do bairrismo que temos dentro do nosso próprio país.
Mas não é esse o tema que quero abordar neste post...
O que considero estranho é o fato de eu não ter me chocado o bastante com a morte dela. Incrível! Nem no dia que o meu avô paterno (instituição viva da família Ferreira, até então) foi dessa pra melhor, eu fiquei muito triste. Só um pouco... Mas chorar, ficar melancólico, se sentir mal, não... Hoje, refletindo melhor, tento chegar a conclusão de que isso se deve ao fato de que eu não ter tido muito contato com as respectivas pessoas. Com a minha tia então nem se fala, a ultima vez que a vi foi na viagem que ela fez pra cá em 2000.
Mas mesmo assim é estranho, acho que talvez até tenha sentido algo, mas creio que eu tenho algum sentido de autodefesa que me faz bloquear emoções. Fica mais lógico se colocado dessa maneira, pois quando o meu pai me contou eu automaticamente quis desviar os meus pensamentos para outro assunto. “Sou insensível”, pensei por uns instantes, depois fiquei me colocando em xeque pra saber como me sentiria se isso tivesse ocorrido com uma pessoa mais próxima a mim. A resposta é uma incógnita, acho que nunca perdi alguém que julgasse próximo a mim. Penso que talvez eu seja igual a minha mãe, no dia em que o meu avô morreu, ela não chorou, não esperneou e não se desesperou um só instante. Nem durante o veleiro ou o enterro. Uma semana depois morreu um peixinho do nosso aquário. A mulher faltou morrer junto! Ficou mal a semana inteira. Bloqueio de emoções é um troço que sempre vai procurar uma válvula de escape, cedo ou tarde...
Só o tempo vai dizer se é assim que sou...
Pena mesmo senti do meu primo, ele tem a mesma idade que eu. Perder a mãe nova (44 anos) por causa de uma pneumonia deve ser traumático. Nessas horas a gente vê alguns dos motivos para os quais o ser humano necessita acreditar em algo além do que vê e toca.
Mas não vou falar de religião aqui, este tmb não é o assunto deste post...
Qual é o assunto deste post então?
Este:
Prestar honras a dona Teresa Elvira Villagra Bondziul. E desejar consolo e paz para a sua família. Que assim seja...
Ah sim! A minha avó não sabe da noticia e creio que nunca ficará sabendo, achamos melhor assim... Aos 78 anos essa informação não é das melhores...
Estranhamente só agora me sinto melancólico, talvez necessite romancear um pouco os fatos para poder sentir algo. Dificilmente consigo digerir realidade nua e crua, mais uma vez vou depender do velho titã pra saber se isso é bom ou ruim...
Anteontem faleceu uma tia minha lá na Argentina, ficamos sabendo ontem de madrugada. Triste...
A minha avó paterna só teve 2 filhos, a irmã do meu pai (que Deus a tenha agora), preferiu ficar morando lá. A idéia de mudança veio a partir do meu pai e todos na época ficaram chamando ele de doido, pois o Amazonas tinha (e talvez tenha até hoje, infelizmente) a fama de reserva indígena, terra de ninguém, meio do mato, atraso e um monte de besteiras mais... Argentino, principalmente da capital, sempre foi meio barrista. Mas nada que se diferencie muito do bairrismo que temos dentro do nosso próprio país.
Mas não é esse o tema que quero abordar neste post...
O que considero estranho é o fato de eu não ter me chocado o bastante com a morte dela. Incrível! Nem no dia que o meu avô paterno (instituição viva da família Ferreira, até então) foi dessa pra melhor, eu fiquei muito triste. Só um pouco... Mas chorar, ficar melancólico, se sentir mal, não... Hoje, refletindo melhor, tento chegar a conclusão de que isso se deve ao fato de que eu não ter tido muito contato com as respectivas pessoas. Com a minha tia então nem se fala, a ultima vez que a vi foi na viagem que ela fez pra cá em 2000.
Mas mesmo assim é estranho, acho que talvez até tenha sentido algo, mas creio que eu tenho algum sentido de autodefesa que me faz bloquear emoções. Fica mais lógico se colocado dessa maneira, pois quando o meu pai me contou eu automaticamente quis desviar os meus pensamentos para outro assunto. “Sou insensível”, pensei por uns instantes, depois fiquei me colocando em xeque pra saber como me sentiria se isso tivesse ocorrido com uma pessoa mais próxima a mim. A resposta é uma incógnita, acho que nunca perdi alguém que julgasse próximo a mim. Penso que talvez eu seja igual a minha mãe, no dia em que o meu avô morreu, ela não chorou, não esperneou e não se desesperou um só instante. Nem durante o veleiro ou o enterro. Uma semana depois morreu um peixinho do nosso aquário. A mulher faltou morrer junto! Ficou mal a semana inteira. Bloqueio de emoções é um troço que sempre vai procurar uma válvula de escape, cedo ou tarde...
Só o tempo vai dizer se é assim que sou...
Pena mesmo senti do meu primo, ele tem a mesma idade que eu. Perder a mãe nova (44 anos) por causa de uma pneumonia deve ser traumático. Nessas horas a gente vê alguns dos motivos para os quais o ser humano necessita acreditar em algo além do que vê e toca.
Mas não vou falar de religião aqui, este tmb não é o assunto deste post...
Qual é o assunto deste post então?
Este:
Prestar honras a dona Teresa Elvira Villagra Bondziul. E desejar consolo e paz para a sua família. Que assim seja...
Ah sim! A minha avó não sabe da noticia e creio que nunca ficará sabendo, achamos melhor assim... Aos 78 anos essa informação não é das melhores...
Estranhamente só agora me sinto melancólico, talvez necessite romancear um pouco os fatos para poder sentir algo. Dificilmente consigo digerir realidade nua e crua, mais uma vez vou depender do velho titã pra saber se isso é bom ou ruim...
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