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Domingo, 02:30 pm...

Então... Madrugada...

Tinha ido no Arraial das Damas da Ufam, tava legal, uma pena que eu tinha chegado tarde...

Estando in loco, putz! A timidez ataca de novo... Sabia que pelo menos haveriam 2 colegas minhas do 2º Grau por lá, mas e o resto? Não conhecia mais ninguém pessoalmente. O meu contato lá era a Sissi, eu nem a conhecia pessoalmente. Bem, o jeito era ligar pra ela e tentar vencer a maldita timidez!

Deu certo, ainda mais porque a Sissi é uma pessoa muito agradável. Conversamos um pouco na rua e finalmente ela me convenceu a entrar. Da cara encontrei as minhas 2 colegas do 2º Grau. Papo vem papo vai e a Sissi resolve me apresentar o resto das Damas, que a propósito não estavam lá em sua totalidade (Cammy vc escapou... Mas ainda quero o meus alfajores e a camisa do Boca!, por favor! Hehehe!)

Uma das Damas que ela me apresentou é uma figura! Sim Menina! É de vc mesma que estou falando! Gostei muito de ter te conhecido! A Katy (pseudo punk) parecia estar um pouco cansada, com sono talvez. Pois bem, todos estavam se preparando pra ir embora, quando as garotas decidiram ir ao Hollywood (casa noturna mutante de Manaus). Era dia de pagode (musica do demo) e eu não tava nem um pouco afim de ir...

Pra não perder a barca já que não ia ficar ninguém na casa, resolvi ir. Fazer o que né? Mas não fui sozinho levei a simpática figura em questão: A Menina Prodígio (nossa! como ela fala!), que realmente é prodígio mesmo! Até no nome...

Felizmente ela não gostava de pagode tmb, resolvemos ir pro programa de índio mais manjado de Manaus. É... Ponta Negra. Acontece que em vez de ficar de bobeira olhando pro rio afro em nossa frente (créditos by Eva), rolou uma conversa bem interessante...

No meio dos diálogos, devaneios e confissões, eis que surge uma das figuras típicas daquelas bandas: o vendedor de bombons de cupuaçu. Figura folclórica da Ponta Negra, assim como a menina hippie bonita que vende bijuteria e do velhinho que toca sax em frente a sorveteria, esse cidadão não é um vendedor comum. Ele se destaca pela forma educada como aborda os clientes e da sua digamos assim, personalidade “alegre”.

Mas acontece que nenhum de nós dois estava afim de comprar bombons...

Eis que surge outra faceta do nosso “animado” vendedor: a insistência. Um tipo de insistência que chaga a ser chata, digasse de passagem, pois ele usa argumentos pouco ortodoxos na hora de empurrar o seu produto. Lembro da primeira vez em que fui abordado por tal figura, eu estava acompanhado (parece que ele tem predileção por casais, visto que na possibilidade de uma negativa ele parte pra abordagem chantagista, do tipo: “Pôxa! Vc vai ser mão de vaca ao ponto de não comprar um bombom pra oferecer a linda moça que está ao seu lado?”. Mesmo que a moça seja a sua mãe!). O fato é que depois de 3 negativas da minha parte, eu dei umas indiretas meio grossas no sujeito e acabei dando com os burros na água com a garota com quem estava no dia. Fiquei no papel de grosso e mal educado, e a borboletinha vendedora saiu com um sorrisinho sarcástico nos lábios, do tipo: “Ele não comprou, mas se fudeu!”.
É... tenho que admitir que em certos momentos ele deve ter ganho a simpatia de alguns transeuntes pelo seu jeito atrevido de vender, daí justificativa pra ele não mudar de tática.

Pena, pois tanto eu quanto a Menina somos um pouco cabeça dura quando alguém tenta tirar proveito da situação. E foi mais ou menos isso que aconteceu:

Menina Prodígio: Então Selph, o Queima Jesus é perfeito! Teve uma queimada que...

Borboleta Vendedora (polido): Boa noite, vcs estão afim de comprar uns bombons pra me ajudar?

Menina Prodígio: Desculpa querido, mas eu estou sem a minha bolsa no momento...

Borboleta Vendedora (sarcástico): Vc esqueceu a sua bolsa? Sei... Hehehe... e vc?

Selph (com vontade de rir): Pô cara! Eu deixei a minha carteira dentro do carro, foi mal! (e olha que era verdade)

Borboleta Vendedora: Deixou a carteira? Sei...

Selph: Quanto é o bombom?

Borboleta Vendedora: 80 centavos.

Selph: Desculpa, fica pra próxima...

Menina Prodígio: É, se tivesse aqui comprava...

Borboleta Vendedora: Ahã... Quer dizer que se vc estivesse com sede e o seu namorado estivesse com preguiça de ir até onde estacionou o carro pra pegar a carteira e te comprar uma água ou vc tivesse “esquecido” de trazer a bolsa, vc iria morrer de sede?

Olha, não é por nada não, mas ele não precisava vir com esse sarcasmo. Felizmente a minha amiguinha prodígio tinha a melhor resposta que uma pessoa pode dar pro sarcasmo: a simplicidade.

Menina Prodígio: Não. Porque simplesmente isso não aconteceria, eu não morreria de sede...

Borboleta Vendedora (irônico): Ah não?

Selph começando a rir

Menina Prodígio: Não. Pois uma pessoa só morre de sede após 3 dias sem ingerir nenhum liquido. E com certeza eu não estaria há 3 dias sem beber nada...

Selph rindo e não contendo a gargalhada....

Borboleta Vendedora (de repente sem toda aquela graça...): Er... pode ser...

Menina Prodígio: Pode ser não! É! Está cientificamente comprovado...

Borboleta Vendedora: Eu sei, mas é que...

Menina Prodígio: Eu sei o que vc quis dizer... Que seria um inconveniente se eu não estivesse com dinheiro na hora não é?

Borboleta Vendedora (literalmente sem graça): É... vc é inteligente...

Selph: Auhaihahauiauhiau!!!

Menina Prodígio: Olha eu gostei de vc! Não me é estranho, acho que te conheço de algum lugar...

Borboleta Vendedora: Não creio... Er... Bom, então eu vou indo tá? Boa noite pra vcs!

Menina Prodígio: Boa Noite!

Selph: Boa...ahahahaha! noite....!

É...As vezes um pouco de semancol não faz mal a ninguém... Lógico que ter confiança em vc mesmo é fundamental, mas tenha cuidado na hora de querer dar o bote. Vc pode se dar mal levando uma resposta simples e direta. Whatever... Acontece... Mais sorte pro vendedor da próxima vez. Ah! E uma variação na abordagem seria ótimo tmb!

Hehehe. Não se meta com blogueiros! Essa raça é ruim!

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