Hoje abri uma conta no banco...
“Tá mais do que na hora de vc começar a construir algo pra vc” – disse minha querida progenitora
“Mas é só uma poupança. Fiz pq não gosto de guardar dinheiro embaixo do colchão” – disse
“De qualquer maneira já é um avanço pra quem é um completo ignorante em termos de contas, banco e dinheiro...” – rebateu
É, nisso ela tem razão. Eu nunca fui muito interessado nesses lances de contabilidade e administração de contas. Pra falar a verdade, as únicas contas que eu pago são as do celular e da faculdade. Nunca preenchi um cheque, acho que até teria duvidas na hora.
Me toquei disso bem tarde, há coisas pelas quais eu passei batido. Estou me referindo mais a lances da vida cotidiana. Bem vejamos: Sempre fui muito dependente dos meus velhos, apesar de saber que de certa maneira são eles que dependem um pouco de mim agora. Como sou filho mais novo, ficou meio que uma folga em relação ao aprendizado das coisas comuns. Eu tmb nunca corri atrás... Só me preocupava em estudar e vadiar... Bem pra falar a verdade só fui atrás de coisas que eram do meu real interesse. Ex.: Tirar a carteira de motorista com 18 e pegar o certificado de reservista do Exercito. Fora isso, documentos (RG, CPF, Titulo) e matriculas de aula foram sempre assuntos que minha querida progenitora fez questão de cuidar. De tudo que envolvia dinheiro, os velhos queriam que eu mantivesse distancia. Não que eu seja inocente, eu tmb trabalho e sei o que custa ganha-lo, mas acho que eles tinham uma estranha precaução de que me mantivessem “leigo” nessas coisas...
Agora que a minha irmã mais velha saiu fiquei sozinho em casa. Ficou um lance mais intimo entre mim e os velhos. Já não os enxergo tanto como pais e sim como indivíduos.
Consequentemente, a minha entrada nesse contexto se deu através da grana...
Grana. O motor do mundo, como achava intrigante o seu poder. Logicamente é uma coisa óbvia de se entender, mas por outro prisma fico abismado cada vez mais como ele compre coisas que vão além da alçada da lógica...
Esses devaneios já foram questionados milhares de vezes. Vou me abster dessa vez...
Só lembro da ultima frase que a minha mãe disse hoje:
“Nada vai adiantar se vc trabalhar como um condenado e não poupar. Aqueles que poupam, mesmo sendo de classe baixa sempre terão o que comer e viverão razoavelmente bem. Então meu filho poupe! Pois se quem é pobre e poupa, vive bem, nó que somos da classe média, se pouparmos viveremos melhor”
Concordo com alguma partes. Realmente, poupar é bom. Mas sobre esse lance das classes sociais e preferi me calar. Creio que hoje em dia a classe mais fudida é justamente a classe média. Pois como o próprio nome diz está no meio do furacão.
Quem é rico(desde que a sua fortuna venha de meios legais) não se preocupa com muita coisa. Só em ficar mais rico, eles detém o controle da mídia e podem usufruir de todos os seus preciosos frutos.
Quem é realmente pobre, tem apenas uma preocupação. Sobreviver um dia de cada vez. Isso como é do conhecimento geral torna a vida muito mais interessante. Logo, apesar dos apelos do consumismo e da TV, eles sabem que não teriam condições de bancar uma vida assim. Então convivem na boa sem stress, sem neuras e consequentemente sem depressão, aliais os casos de depressão são raros nas classes menos abastadas. O ser humano só se ao luxo de pirar quando tem condições pra isso.
Lógico, como sempre o politicamente correto tem que agir: Há Exceções!
E nós, digo: eu? Classe média...
Tem vários títulos: Classe emergente, classe média baixa, média alta. Tem até quem nos chame de 2º divisão...
O fato é que são os que mais sofrem. De todos os males citados acima, padecemos de todos.Temos os mesmos problemas das duas classes juntas: Falta de dinheiro, Stress, Depressão, Violência (estamos vulneráveis por não termos grana pra investir na segurança e por não pertencermos a “comunidade”, sabe né? ladrão faz de tudo pra não pegar um liso), Apelo consumista, Mídia, Falsos Moralistas e até ultimamente temos sido o publico alvo das famosas seitas caça níqueis que existem por aí. Antes eram os pobrezinhos, agora somos nós...
Somos o recheio do bolo. Vivemos prensados. Até adquirimos uma certa cultura nesse aspecto, assim como o samba que surgiu da pobreza dos morros cariocas e que fala estritamente sobre a melancolia do pobre. Nós viemos nos adaptando com o passar das gerações a fazer sempre as mesmas coisas, a ter os mesmo sonhos e a reclamar dos mesmos problemas. Ou seja: Vivemos morrendo de medo de cair e morrendo de vontade de subir...
É muita pressão. Viver morrendo não é comigo, o termo é contraditório, mas existe (tem alguns que conseguem). As vezes dá vontade de virar um ermitão ou um hippie. Mas não estamos na Idade Média e os anos 60 já passaram. E tipo: até um hippie ou ermitão tem que comer...
O que faremos? Ué? O de sempre: Continuar vivendo...
E se possível, sem esse pessimismo barato...
Juventude – Idade em que se deseja fazer o que está errado, achando fazer o certo e finalmente se faz o possível.
* SoundGarden
“Tá mais do que na hora de vc começar a construir algo pra vc” – disse minha querida progenitora
“Mas é só uma poupança. Fiz pq não gosto de guardar dinheiro embaixo do colchão” – disse
“De qualquer maneira já é um avanço pra quem é um completo ignorante em termos de contas, banco e dinheiro...” – rebateu
É, nisso ela tem razão. Eu nunca fui muito interessado nesses lances de contabilidade e administração de contas. Pra falar a verdade, as únicas contas que eu pago são as do celular e da faculdade. Nunca preenchi um cheque, acho que até teria duvidas na hora.
Me toquei disso bem tarde, há coisas pelas quais eu passei batido. Estou me referindo mais a lances da vida cotidiana. Bem vejamos: Sempre fui muito dependente dos meus velhos, apesar de saber que de certa maneira são eles que dependem um pouco de mim agora. Como sou filho mais novo, ficou meio que uma folga em relação ao aprendizado das coisas comuns. Eu tmb nunca corri atrás... Só me preocupava em estudar e vadiar... Bem pra falar a verdade só fui atrás de coisas que eram do meu real interesse. Ex.: Tirar a carteira de motorista com 18 e pegar o certificado de reservista do Exercito. Fora isso, documentos (RG, CPF, Titulo) e matriculas de aula foram sempre assuntos que minha querida progenitora fez questão de cuidar. De tudo que envolvia dinheiro, os velhos queriam que eu mantivesse distancia. Não que eu seja inocente, eu tmb trabalho e sei o que custa ganha-lo, mas acho que eles tinham uma estranha precaução de que me mantivessem “leigo” nessas coisas...
Agora que a minha irmã mais velha saiu fiquei sozinho em casa. Ficou um lance mais intimo entre mim e os velhos. Já não os enxergo tanto como pais e sim como indivíduos.
Consequentemente, a minha entrada nesse contexto se deu através da grana...
Grana. O motor do mundo, como achava intrigante o seu poder. Logicamente é uma coisa óbvia de se entender, mas por outro prisma fico abismado cada vez mais como ele compre coisas que vão além da alçada da lógica...
Esses devaneios já foram questionados milhares de vezes. Vou me abster dessa vez...
Só lembro da ultima frase que a minha mãe disse hoje:
“Nada vai adiantar se vc trabalhar como um condenado e não poupar. Aqueles que poupam, mesmo sendo de classe baixa sempre terão o que comer e viverão razoavelmente bem. Então meu filho poupe! Pois se quem é pobre e poupa, vive bem, nó que somos da classe média, se pouparmos viveremos melhor”
Concordo com alguma partes. Realmente, poupar é bom. Mas sobre esse lance das classes sociais e preferi me calar. Creio que hoje em dia a classe mais fudida é justamente a classe média. Pois como o próprio nome diz está no meio do furacão.
Quem é rico(desde que a sua fortuna venha de meios legais) não se preocupa com muita coisa. Só em ficar mais rico, eles detém o controle da mídia e podem usufruir de todos os seus preciosos frutos.
Quem é realmente pobre, tem apenas uma preocupação. Sobreviver um dia de cada vez. Isso como é do conhecimento geral torna a vida muito mais interessante. Logo, apesar dos apelos do consumismo e da TV, eles sabem que não teriam condições de bancar uma vida assim. Então convivem na boa sem stress, sem neuras e consequentemente sem depressão, aliais os casos de depressão são raros nas classes menos abastadas. O ser humano só se ao luxo de pirar quando tem condições pra isso.
Lógico, como sempre o politicamente correto tem que agir: Há Exceções!
E nós, digo: eu? Classe média...
Tem vários títulos: Classe emergente, classe média baixa, média alta. Tem até quem nos chame de 2º divisão...
O fato é que são os que mais sofrem. De todos os males citados acima, padecemos de todos.Temos os mesmos problemas das duas classes juntas: Falta de dinheiro, Stress, Depressão, Violência (estamos vulneráveis por não termos grana pra investir na segurança e por não pertencermos a “comunidade”, sabe né? ladrão faz de tudo pra não pegar um liso), Apelo consumista, Mídia, Falsos Moralistas e até ultimamente temos sido o publico alvo das famosas seitas caça níqueis que existem por aí. Antes eram os pobrezinhos, agora somos nós...
Somos o recheio do bolo. Vivemos prensados. Até adquirimos uma certa cultura nesse aspecto, assim como o samba que surgiu da pobreza dos morros cariocas e que fala estritamente sobre a melancolia do pobre. Nós viemos nos adaptando com o passar das gerações a fazer sempre as mesmas coisas, a ter os mesmo sonhos e a reclamar dos mesmos problemas. Ou seja: Vivemos morrendo de medo de cair e morrendo de vontade de subir...
É muita pressão. Viver morrendo não é comigo, o termo é contraditório, mas existe (tem alguns que conseguem). As vezes dá vontade de virar um ermitão ou um hippie. Mas não estamos na Idade Média e os anos 60 já passaram. E tipo: até um hippie ou ermitão tem que comer...
O que faremos? Ué? O de sempre: Continuar vivendo...
E se possível, sem esse pessimismo barato...
Juventude – Idade em que se deseja fazer o que está errado, achando fazer o certo e finalmente se faz o possível.
* SoundGarden
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