Ah! a faculdade...
Estou me arrependendo, definitivamente isso não é bom. Já mudei uma vez, de particular pra particular. Tudo foi por causa da distância e tmb porque o curso estava um bocado difícil (como eu não sou muito chegado a cálculos seria bater em cachorro morto). Aí veio esse novo curso na Paulista (bem pertinho da minha casa) minha irmã estudava lá e veio com o folheto.
“Tem tudo a ver com o seu trabalho. Além de ser de curta duração, só 2 anos” – ela disse
“Essa bodega tem aprovação do MEC?” – perguntei.
“Tem sim! Lembra que lá é faculdade e não Centro Tecnológico como aquele troço lá no cu do Judas que vc fazia” – ela responde.
“Mas aquele troço é uma das instituições mais avançadas em termos de tecnologia daqui” – rebati
“É, mas lá não tem infraestrutura, além do mais, do jeito que vc está indo é bem provável que só conclua essa sua bendita Eng. daqui a uns 5 anos. Lá vc completa em 2 e já pega Pós Graduação” – ela argumenta
“Não sei Nel... Talvez quando eu termine essa...” – balbuciei.
“A hora é agora! Aproveita que tem alguém te ajudando pagar e que vc é novo!” – retruca.
Argumento poderoso. Não o lance da idade e sim o lance da grana... Achava-me o maior falso por estar passando nos exames sem o devido aprendizado, talvez fosse hora de debandar mesmo.
“Tá bom, vou pensar” – disse finalmente.
Pensei bem rápido na verdade. O desgaste daquele ano, o trabalho cada vez mais stressante e... Bem, aí eu admito uma certa frustração em não fazer o que queria... Tudo isso aliado ao meu desempenho pífio, porém suado, foram os fatores que me levaram a abandonar o Cesf.
A vida na nova faculdade começaria no próximo período. Primeiro estranhei muito o ambiente, depois foram os alunos, o tipo de gente que estudava lá e por ultimo a Instituição em si. Ela é uma maquina de fazer dinheiro...
Foi aí que me deu mais vontade de cursar uma pública...
Mas a vida (curricular e acadêmica) continua, logo estava comendo no prato em que cuspia há tempos. Não é uma sensação boa; vc se sente totalmente fora do contexto. Não tenho amigos por lá, só conhecidos.
O curso foi se revelando cada vez mais macumba pra turista. E lamentável como o capitalismo engana tanta gente. Fico pensando na quantidade de profissionais sem preparo e sem consistência que vão inundar o mercado nos próximos anos. Mas meu caso é especial, o meu curso tá mais pra uma pós-graduação do que pra graduação, visto que as maiorias dos alunos já trabalham na área há anos. Logo, não existe muita exigência por parte deles pra pegar pesado no ensino, já viram 90% de tudo que está sendo ministrado ali. E o resto? Bem, a galera que tem pouco ou nenhuma experiência na área está fadada a depender da sorte. Sina ingrata...
Sinceramente não sei o que vou fazer quando acabar essa birosca, talvez entre na Pós (?) desse curso ou talvez chute o balde mesmo. Ainda tenho vontade de cursar Jornalismo, porém a disponibilidade de horários é o que ferra.
Este post é um desabafo contra a máquina capitalista que algumas faculdades se tornaram. Dar o aval pra criar cursos é uma coisa séria, deveria ser vista com mais atenção e não só pelo lado lucrativo da coisa. O meu curso ficará bom, mas só daqui há uns 4 ou 5 anos quando já estiverem sanadas todas as deficiências. Todo curso novato é cobaia, pois não existiram antecessores que mostrassem as falhas e eventualmente dessem tempo para bolar as soluções. Problemas que vão surgindo e não tem tempo para serem revistos com calma. Enfim, acaba ficando uma roda de soluções sem pé nem cabeça...
Mas pra quem quer só o canudo tá bom...
E assim vai...
Saudades do 2º Grau e daquela ilusão toda...
Estou me arrependendo, definitivamente isso não é bom. Já mudei uma vez, de particular pra particular. Tudo foi por causa da distância e tmb porque o curso estava um bocado difícil (como eu não sou muito chegado a cálculos seria bater em cachorro morto). Aí veio esse novo curso na Paulista (bem pertinho da minha casa) minha irmã estudava lá e veio com o folheto.
“Tem tudo a ver com o seu trabalho. Além de ser de curta duração, só 2 anos” – ela disse
“Essa bodega tem aprovação do MEC?” – perguntei.
“Tem sim! Lembra que lá é faculdade e não Centro Tecnológico como aquele troço lá no cu do Judas que vc fazia” – ela responde.
“Mas aquele troço é uma das instituições mais avançadas em termos de tecnologia daqui” – rebati
“É, mas lá não tem infraestrutura, além do mais, do jeito que vc está indo é bem provável que só conclua essa sua bendita Eng. daqui a uns 5 anos. Lá vc completa em 2 e já pega Pós Graduação” – ela argumenta
“Não sei Nel... Talvez quando eu termine essa...” – balbuciei.
“A hora é agora! Aproveita que tem alguém te ajudando pagar e que vc é novo!” – retruca.
Argumento poderoso. Não o lance da idade e sim o lance da grana... Achava-me o maior falso por estar passando nos exames sem o devido aprendizado, talvez fosse hora de debandar mesmo.
“Tá bom, vou pensar” – disse finalmente.
Pensei bem rápido na verdade. O desgaste daquele ano, o trabalho cada vez mais stressante e... Bem, aí eu admito uma certa frustração em não fazer o que queria... Tudo isso aliado ao meu desempenho pífio, porém suado, foram os fatores que me levaram a abandonar o Cesf.
A vida na nova faculdade começaria no próximo período. Primeiro estranhei muito o ambiente, depois foram os alunos, o tipo de gente que estudava lá e por ultimo a Instituição em si. Ela é uma maquina de fazer dinheiro...
Foi aí que me deu mais vontade de cursar uma pública...
Mas a vida (curricular e acadêmica) continua, logo estava comendo no prato em que cuspia há tempos. Não é uma sensação boa; vc se sente totalmente fora do contexto. Não tenho amigos por lá, só conhecidos.
O curso foi se revelando cada vez mais macumba pra turista. E lamentável como o capitalismo engana tanta gente. Fico pensando na quantidade de profissionais sem preparo e sem consistência que vão inundar o mercado nos próximos anos. Mas meu caso é especial, o meu curso tá mais pra uma pós-graduação do que pra graduação, visto que as maiorias dos alunos já trabalham na área há anos. Logo, não existe muita exigência por parte deles pra pegar pesado no ensino, já viram 90% de tudo que está sendo ministrado ali. E o resto? Bem, a galera que tem pouco ou nenhuma experiência na área está fadada a depender da sorte. Sina ingrata...
Sinceramente não sei o que vou fazer quando acabar essa birosca, talvez entre na Pós (?) desse curso ou talvez chute o balde mesmo. Ainda tenho vontade de cursar Jornalismo, porém a disponibilidade de horários é o que ferra.
Este post é um desabafo contra a máquina capitalista que algumas faculdades se tornaram. Dar o aval pra criar cursos é uma coisa séria, deveria ser vista com mais atenção e não só pelo lado lucrativo da coisa. O meu curso ficará bom, mas só daqui há uns 4 ou 5 anos quando já estiverem sanadas todas as deficiências. Todo curso novato é cobaia, pois não existiram antecessores que mostrassem as falhas e eventualmente dessem tempo para bolar as soluções. Problemas que vão surgindo e não tem tempo para serem revistos com calma. Enfim, acaba ficando uma roda de soluções sem pé nem cabeça...
Mas pra quem quer só o canudo tá bom...
E assim vai...
Saudades do 2º Grau e daquela ilusão toda...
Comentários